Hoje eu cheguei meia-hora mais cedo na redação, pois decidi tomar café no bar do Mall ali perto. Ao me dirigir pro meu destino, vi uma cena que poderia ser a mais estranha da semana:
Uma moça loira, alta na medida do possível, olhos azuis e muito bem vestida, descia do seu carro - uma Hillux prata invejada por todos - quando sua meia-calça enrosca em alguma pequena peça da porta. O motorista, que segurava a porta pra ela descer, ao ver 'tamanho estrago' fez uma cara de pavor, que até agora tento imitar sem sucesso. Parecia que aquela meia desfiada significaria sua morte, ou quase. Então, ele decidiu avisá-la do pequeno acidente, ela não se virou para ver o estrago, permaneceu na mesma posição. O diálogo que segue é real:
- O preço desta "Loba" é maior que o seu salário. Por que você não cuidou melhor dela.
- Me...me desculpe, Se...se...nhorita Caro...li..li...na. Não foi minha cul...ulpa. E...eu ju...u...ro!
Ele gaguejava tanto, que seu queixo não parava de tremer.
- Não é sua culpa? Saiba que a sua função é cuidar de mim. Essa meia é minha.
- Mas... por fa...favor...
- Despedido. Você não presta.
- NÃ...NÃO!
O rapaz de olhos escuros caiu de joelhos no chão, lágrimas começaram a rolar face à baixo.
Sem olhar para trás, a senhorita continuou andando e entrou no prédio da "Modart". O outro continuou sentado na sarjeta se remoendo, uma outra mulher saiu do prédio afim de acudí-lo.
A desfecho eu não sei, pois se decorreu dentro do prédio e eu não pude ver.
Certeza que tal Carolina estava de TPM, esses dias são dificílimos.
Tomei meu café, escrevi meu texto, voltei pra casa, porém nada me tirava da cabeça aquela cena.
Meu jantar está pronto, vou comer.
Até outro dia. Boa noite.
Stefano
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
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