quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Time
Eu já gostei de alguém, de verdade.
Nos esquecemos,e quando eu tento lembrar de como era, o que eu sentia...poderia jurar que nunca vivenciei nada,é se tudo tivesse se tornado estranho.
Mas pude aprender que existe uma grande diferença entre andar junto e caminhar ao lado. Enquanto eu andava ao lado, creio que stefano quisesse andar junto,e comecei a entender coisas que jamais pensei que eu pudesse acreditar.
Hoje eu entendo que não importa QUEM, mas sim o QUANDO, não importa a pessoa mas sim o momento, se voce não está preparado, não interessa se é o amor da sua vida ou o um qualquer.
Dará certo quando você estiver certo, maduro. Quando você merecer!
Por isso... cada um seguiu seu rumo, não encontrei a coragem ainda de falar com o Stefano, mas não deixo de pensar em como ele está.
Hoje eu vim dizer que eu tô voltando pra casa e que eu espero viver uma boa fase de volta no Brasil.
Nos esquecemos,e quando eu tento lembrar de como era, o que eu sentia...poderia jurar que nunca vivenciei nada,é se tudo tivesse se tornado estranho.
Mas pude aprender que existe uma grande diferença entre andar junto e caminhar ao lado. Enquanto eu andava ao lado, creio que stefano quisesse andar junto,e comecei a entender coisas que jamais pensei que eu pudesse acreditar.
Hoje eu entendo que não importa QUEM, mas sim o QUANDO, não importa a pessoa mas sim o momento, se voce não está preparado, não interessa se é o amor da sua vida ou o um qualquer.
Dará certo quando você estiver certo, maduro. Quando você merecer!
Por isso... cada um seguiu seu rumo, não encontrei a coragem ainda de falar com o Stefano, mas não deixo de pensar em como ele está.
Hoje eu vim dizer que eu tô voltando pra casa e que eu espero viver uma boa fase de volta no Brasil.
domingo, 31 de agosto de 2008
Stefano - ponto final.
Vamos, odeie-me de todo o seu coração, pois chegamos ao fim. Sem rodeios, cheiros azuis e... E essas coisas insuportavelmente bonitas e românticas dos filmes. Apesar de meus sonhos, Carolina nunca voltou, não me manda cartões de aniversário, natal. Carolina tornou-se o meu passado mais que perfeito.
Fim da linha.
Ponto final.
Acabou.
Entendem?
Estou sozinho, como estava no começo da história. A vida é um inebriante ciclo: o começo assemelha-se muito com o fim. E o nosso começo meio inesperado - de encontros casuais na padaria - foi muito parecido com o término: um dia lindo de verão, um futuro límpido, um amor profundo e belo, uma amante-fugitiva indo para a França, um amante estúpido sentado na praça comendo dois sorvetes de creme.
Um dos sorvetes, escorria pela minha mão, o outro tinha gosto de saudade, solidão, estupidez, refúgio, medo. Não! O outro não tinha gosto, não tinha história, nem afago - não possuia nada além de sua estranha existência gelada. Naquele dia de verão, houve uma conversa por telefone, um fim, um choro baixinho do outro lado da linha, um celular espatifado no meio da avenida. Naquele dia de verão, um mundo inteiro caiu sobre os meus ombros.
Hoje, dois anos depois, não quero paixões velhas (cheirando fundo de gavetas e lágrimas sinceras). Hoje eu quero um amor que permute nos meus sonhos mais estranhos, enquanto torço dedos querendo não-viver a cinza realidade. Hoje, não aceito cartas de desculpas, de bom dia, ou regresso.
Hoje, não quero um trago de Carolina. Eu quero paz, somente isso.
Estou indo embora, da mesma forma que comecei: sem porquê, sem destino, apenas palavras. Desculpa, chegamos ao fim.
A vida é um inebriante ciclo vicioso. O amor também.
Fim da linha.
Ponto final.
Acabou.
Entendem?
Estou sozinho, como estava no começo da história. A vida é um inebriante ciclo: o começo assemelha-se muito com o fim. E o nosso começo meio inesperado - de encontros casuais na padaria - foi muito parecido com o término: um dia lindo de verão, um futuro límpido, um amor profundo e belo, uma amante-fugitiva indo para a França, um amante estúpido sentado na praça comendo dois sorvetes de creme.
Um dos sorvetes, escorria pela minha mão, o outro tinha gosto de saudade, solidão, estupidez, refúgio, medo. Não! O outro não tinha gosto, não tinha história, nem afago - não possuia nada além de sua estranha existência gelada. Naquele dia de verão, houve uma conversa por telefone, um fim, um choro baixinho do outro lado da linha, um celular espatifado no meio da avenida. Naquele dia de verão, um mundo inteiro caiu sobre os meus ombros.
Hoje, dois anos depois, não quero paixões velhas (cheirando fundo de gavetas e lágrimas sinceras). Hoje eu quero um amor que permute nos meus sonhos mais estranhos, enquanto torço dedos querendo não-viver a cinza realidade. Hoje, não aceito cartas de desculpas, de bom dia, ou regresso.
Hoje, não quero um trago de Carolina. Eu quero paz, somente isso.
Estou indo embora, da mesma forma que comecei: sem porquê, sem destino, apenas palavras. Desculpa, chegamos ao fim.
A vida é um inebriante ciclo vicioso. O amor também.
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Stefano - o primeiro beijo.
Falta poesia no mundo. Mesmo que não seja isso, está faltando alguma coisa que deixe as nossas vidas com cara de romance dos cinemas - algo que nos faça esquecer as imperfeições da nossa ínfima 'perfeição humana'. Alguma coisa cheia de intensidade para fazer vibrar cada minuto sem-graça vivido, ou apagar as lembranças ruins ao invés das boas.
Eu, por exemplo, quando penso no primeiro beijo em Carolina, só consigo me lembrar do gosto de café - que eu detesto -, do cheiro de carpete - que eu detesto -, da minha vergonha babaca - que eu detesto -, da nossa falta de paixão - que parecia engraçada. Eu poderia não esquecer o jeito como ela sussurava "não vá embora" no meu ouvido, ou a sua timidez cheia de afeto, ou seus olhos azuis e profundos, mas eu não recordo às vezes. Uma pena. Vai ver seja por isso que recordar daquela tarde seja tão penoso para mim. Apesar de tudo, não me sobra outra opção além de revelá-la para você, vocês, quem-quer-que-seja.
Depois do café derramado, não havia mais sentimentalismo para continuarmos parados nos olhando. Ela, cheia de horários e reuniões, precisava se trocar e eu, cheio de cachorros e folga, precisava voltar pra casa. Seguir meu rumo como se nada tivesse acontecido seria fácil, mas cruel e imaturo. Covarde, digamos assim. Cheio de mãos, tentei ajudar. Ela, com agilidade e precisão, recusou minha ajuda com um tapa cruel e nervoso. Havia raiva naqueles olhos que, em tantos outros encontros, estavam cheios de risos e amor por mim.
Carolina, antes correndo ao meu encontro, agora corria de mim, para dentro da Modart, num lugar onde só houvesse espaço para roupas, desejos e ela: o grande guarda-roupa. Essa coisa de filmes das editoras grandes de moda possuirem um acervo de roupas é verídico. Eu vi com meus próprios olhos. Claro, depois de seguí-la e entrar meio escondido. Não havia mais ninguém por lá: apenas eu e ela. Eu escondido no meio de uns sapatos, ela escolhendo sua nova roupa.
- Ainda bem que eu não pago por nenhuma dessas roupas!
Eu queria responder qualquer coisa, mas não tive coragem.
Pegou um vestido rosa quase-bonito e, muito antes de desatar o botão de sua atual roupa, eu apareci. Sem fumaça, cavalos brancos e cabelos bem penteados. Sem idealização: com meu all star velho, a calça jeans clara, a blusa escura, a mochila nas costas e o cabelo desarrumado - por causa da corrida até ali. Houve um grito dela e um sorriso amarelo meu. Não houve afago e carinho, mas um surto psicótico dela e dois cabides de madeira lançados contra mim, um deles desviei com a mão, o outro me acertou na testa. Abaixei e contive o chingamento de dor.
Aqui tudo parece exatamente igual aos livros de amor: Carolina se abaixa e volta a me olhar com olhos cheios de perdão e paz. Eu, ao sentir o seu abraço, volvo os olhos pra cima e esqueço o galo imenso prostado na minha testa. Nenhuma palavra. Nenhum som, além daquele "tum tum tum tum" brega de corações apaixonados. Assim, abaixados no meio de um closet gigante, aconteceu nosso primeiro beijo - com gosto de café e chantilly barata.
O amor não poderia ser mais cafona que isso.
Depois que eu desliguei o telefone naquela tarde - quase noite -, depois de dizer um "Eu também te amo, Carolina" de peito aberto e voz amável, pude dormir tranqüilo e por uma noite toda, coisa que nunca mais faria depois daquela tarde de quarta-feira cheia de despedidas, França, amores franceses, São Paulo e solidão. Na minha vida, o arco-íris aparece antes da tempestade.
Viva às tempestades, aos copos d'água e aos provérbios!
Viva à quem sofreu um amor cafona!
Viva à solidão das cobertas frias do inverno!
Viva ao que quiser, pois agora estou indo embora.
Boa noite,
Stefano.
Eu, por exemplo, quando penso no primeiro beijo em Carolina, só consigo me lembrar do gosto de café - que eu detesto -, do cheiro de carpete - que eu detesto -, da minha vergonha babaca - que eu detesto -, da nossa falta de paixão - que parecia engraçada. Eu poderia não esquecer o jeito como ela sussurava "não vá embora" no meu ouvido, ou a sua timidez cheia de afeto, ou seus olhos azuis e profundos, mas eu não recordo às vezes. Uma pena. Vai ver seja por isso que recordar daquela tarde seja tão penoso para mim. Apesar de tudo, não me sobra outra opção além de revelá-la para você, vocês, quem-quer-que-seja.
Depois do café derramado, não havia mais sentimentalismo para continuarmos parados nos olhando. Ela, cheia de horários e reuniões, precisava se trocar e eu, cheio de cachorros e folga, precisava voltar pra casa. Seguir meu rumo como se nada tivesse acontecido seria fácil, mas cruel e imaturo. Covarde, digamos assim. Cheio de mãos, tentei ajudar. Ela, com agilidade e precisão, recusou minha ajuda com um tapa cruel e nervoso. Havia raiva naqueles olhos que, em tantos outros encontros, estavam cheios de risos e amor por mim.
Carolina, antes correndo ao meu encontro, agora corria de mim, para dentro da Modart, num lugar onde só houvesse espaço para roupas, desejos e ela: o grande guarda-roupa. Essa coisa de filmes das editoras grandes de moda possuirem um acervo de roupas é verídico. Eu vi com meus próprios olhos. Claro, depois de seguí-la e entrar meio escondido. Não havia mais ninguém por lá: apenas eu e ela. Eu escondido no meio de uns sapatos, ela escolhendo sua nova roupa.
- Ainda bem que eu não pago por nenhuma dessas roupas!
Eu queria responder qualquer coisa, mas não tive coragem.
Pegou um vestido rosa quase-bonito e, muito antes de desatar o botão de sua atual roupa, eu apareci. Sem fumaça, cavalos brancos e cabelos bem penteados. Sem idealização: com meu all star velho, a calça jeans clara, a blusa escura, a mochila nas costas e o cabelo desarrumado - por causa da corrida até ali. Houve um grito dela e um sorriso amarelo meu. Não houve afago e carinho, mas um surto psicótico dela e dois cabides de madeira lançados contra mim, um deles desviei com a mão, o outro me acertou na testa. Abaixei e contive o chingamento de dor.
Aqui tudo parece exatamente igual aos livros de amor: Carolina se abaixa e volta a me olhar com olhos cheios de perdão e paz. Eu, ao sentir o seu abraço, volvo os olhos pra cima e esqueço o galo imenso prostado na minha testa. Nenhuma palavra. Nenhum som, além daquele "tum tum tum tum" brega de corações apaixonados. Assim, abaixados no meio de um closet gigante, aconteceu nosso primeiro beijo - com gosto de café e chantilly barata.
O amor não poderia ser mais cafona que isso.
Depois que eu desliguei o telefone naquela tarde - quase noite -, depois de dizer um "Eu também te amo, Carolina" de peito aberto e voz amável, pude dormir tranqüilo e por uma noite toda, coisa que nunca mais faria depois daquela tarde de quarta-feira cheia de despedidas, França, amores franceses, São Paulo e solidão. Na minha vida, o arco-íris aparece antes da tempestade.
Viva às tempestades, aos copos d'água e aos provérbios!
Viva à quem sofreu um amor cafona!
Viva à solidão das cobertas frias do inverno!
Viva ao que quiser, pois agora estou indo embora.
Boa noite,
Stefano.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
Stefano - No caminho.
Se você leu o último post, o final deve ter ficado um pouco sem sentido e digo-lhe que é normal, pois faltou contar uma coisa - a mais importante delas, o que aconteceu no caminho. Como é de se supor, eu a encontrei, a gente se beijou, depois ela me ligou e a gente começou a namorar.
Pronto, se você gosta de resumos, pode ir para outras histórias, pois tudo que se explicará a partir daqui é meramente o desdobramento desses fatos curtos. Não vai embora? Não mesmo? Olha que eu te dei a chance de fugir desse romance babaca.
Vamos a história então!
Desliguei o celular, puis a mochila nas costas e fui embora. Leia em 'fui embora': atravessei toda a redação (despedindo-me de quem estava por lá), peguei o elevador, percorri a recepção e sai pela porta giratória principal. Parei. Respirei o vento meio frio daquela manhã, não chovia, mas estava nublado - o clima perfeito para assistir filmes antigos debaixo de várias cobertas.
Olhei ao redor e vi. Estranhei, armei a possibilidade de ser uma miragem, desarmei. Tentei aceitar que era verdade. Olhei o café numa mão, as pastas na outra, o casaco grande e negro, os óculos meio avermelhados, o cabelo preso, o sorriso. Sim, havia um sorriso no meio da cara, mas era um sorriso estranho - parecido com um riso de consolação ou de "me desculpa?", todavia era bonito.
O sinal fechou. Eu não me movi. Ela correu por toda a faixa de pedestre e parou na minha frente. "Oi", eu disse para mim mesmo. "Oi", imagino que ela pensou. Nenhuma palavra. Nada. Nada. E o tempo passava. Estávamos nós três: eu, Carolina e a fumaça do café que ora subia pelos nossos rostos, ora aquietava-se.
Pensando bem, aquele era o momento certo para beijá-la, mas faltou coragem, peito e iniciativa. Deixei que o acaso desse um empurrão, para ser mais específico, ele era um dos editores do jornal e, fatídicamente, esbarrou em mim ao sair do prédio e eu, por conseqüência, projetei-me em cima do copo dela e o líquido quente, para cima de seu casaco.
Imagine, a partir daqui, tudo em câmera lenta: ela se joga para trás e grita; o copo quebra-se ao chegar no chão; eu, cheio de mãos e vergonha, tento ajudá-la a se limpar; o cara que me empurrou até olha para nós, mas prefere ir embora.
Depois do beijo, o carro alugado chegou. Cada um rumou seu destino.
Pronto, se você gosta de resumos, pode ir para outras histórias, pois tudo que se explicará a partir daqui é meramente o desdobramento desses fatos curtos. Não vai embora? Não mesmo? Olha que eu te dei a chance de fugir desse romance babaca.
Vamos a história então!
Desliguei o celular, puis a mochila nas costas e fui embora. Leia em 'fui embora': atravessei toda a redação (despedindo-me de quem estava por lá), peguei o elevador, percorri a recepção e sai pela porta giratória principal. Parei. Respirei o vento meio frio daquela manhã, não chovia, mas estava nublado - o clima perfeito para assistir filmes antigos debaixo de várias cobertas.
Olhei ao redor e vi. Estranhei, armei a possibilidade de ser uma miragem, desarmei. Tentei aceitar que era verdade. Olhei o café numa mão, as pastas na outra, o casaco grande e negro, os óculos meio avermelhados, o cabelo preso, o sorriso. Sim, havia um sorriso no meio da cara, mas era um sorriso estranho - parecido com um riso de consolação ou de "me desculpa?", todavia era bonito.
O sinal fechou. Eu não me movi. Ela correu por toda a faixa de pedestre e parou na minha frente. "Oi", eu disse para mim mesmo. "Oi", imagino que ela pensou. Nenhuma palavra. Nada. Nada. E o tempo passava. Estávamos nós três: eu, Carolina e a fumaça do café que ora subia pelos nossos rostos, ora aquietava-se.
Pensando bem, aquele era o momento certo para beijá-la, mas faltou coragem, peito e iniciativa. Deixei que o acaso desse um empurrão, para ser mais específico, ele era um dos editores do jornal e, fatídicamente, esbarrou em mim ao sair do prédio e eu, por conseqüência, projetei-me em cima do copo dela e o líquido quente, para cima de seu casaco.
Imagine, a partir daqui, tudo em câmera lenta: ela se joga para trás e grita; o copo quebra-se ao chegar no chão; eu, cheio de mãos e vergonha, tento ajudá-la a se limpar; o cara que me empurrou até olha para nós, mas prefere ir embora.
Depois do beijo, o carro alugado chegou. Cada um rumou seu destino.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
Stefano - dia de mudar as coisas.
Eu limpo o pó que estava aqui por cima. Sim, faz tempo que eu não escrevo por aqui, mas tem tanta coisa acontecendo numa velocidade muito alta. Por exemplo, outro dia mesmo estava em Nova Iorque resolvendo uns problemas pessoais, está bem, não eram tão pessoais assim, todavia não podiam ser adiados e, hoje mesmo, já estou de volta - ao blog, à São Paulo, ao trabalho, à minha casa.
Tem quem pense: "Estava no EUA e está reclamando! Ê vida boa!". É de direito humano pensar, mas devo informar-lhe e espero que acredite em mim: muito melhor teria sido ficar por aqui mesmo do que ir escutar bronca internacional. Pensando bem, talvez essa seja a grande razão do meu mal-humor dos ultimos dias: ordens. Sabe, nunca gostei muito de ter um chefe (espero que ele não leia isso), mas se tratando de um jornalista, o qual sou, é muito difícil não ser subordinado a alguém - seja editor, editor-chefe, dono do jornal e afins.
Num dia nublado do meu tempo de menino, sonhei em abrir meu próprio jornal. Não, era uma revista, a qual iria se chamar "Entre[linhas]". Passava horas criando as matérias, as crônicas, buscando fatos nas folhas imensamente cinzas dos jornais, porém o tempo - destruidor de sonhos - chegou imperceptívelmente e me fez esquecer todo o meu plano.
Não morri de tristeza, antes o tivesse feito, já que agora definho aos pouco pela vontade de abrir minha própria redação. Quero, mas falta dinheiro e coragem - criatividade e boa-vontade tenho de sobra, pode apostar.
Droga, mal-humor.
Droga.
Droga.
Fica aqui um pouco da outra história sobre Carolina&Stefano, pois ela deve ser bem mais legal que os desabafos de um jornalista de saco-cheio de tudo isso:
- Amor, boa noite.
- Boa noite.
E veio o beijo nem tão longo quanto desejado, nem tão curto que não possa ter sido sentido. Queria mais, queria muito pela vida inteira e, como eu era tolo, imaginei que teria.
Para quem não entendeu, vamos as devidas explicações: faziam seis meses que eu estava namorando Carolina e, tudo isso, se deu após um ano de amizade. Ela me amava, assim como eu - talvez mais, bem mais. Eu amava é claro.
No começo, sejamos justos, gostava.
Mas depois, aos poucos, com os meses, a saudade e um pouco de todo resto, acabei de apaixonando perdidamente, mas, exatos trinta e quatro dias depois, ela foi embora. Ainda escuto a porta batendo, o cachorro latindo, o portão fechando, o táxi partindo e o som do meu coração ecoando na casa silenciosa.
Pra quem quiser saber, nosso primeiro beijo não foi romântico o suficiente para passar na grande tela do cinema. Estava indo almoçar e sabia que ela estava me esperando, assim como todas as outras terça-feiras e quinta-feiras. Chegando no restaurante, para minha surpresa, ela não estava. Esperei. Esperei. Esperei e nada. Nada. Não quis comer naquela tarde, eu não tinha motivos para ficar tão frustrado, mas era amor (apesar de eu não saber isso na época).
Não trabalhei bem, meu texto não saiu muito inspirado, meu computador parecia mais lerdo, o tempo passava minuto a minuto como uma eternidade.
O meu relógio de pulso apitou seis horas: precisava ir embora. Ajuntei minhas coisas para dentro da mochila e, antes que pudesse dar qualquer passo, meu celular tocou. Tive medo que fosse ela e eu não tivesse coragem de não atender, por isso aceitei a ligação sem ver quem era.
Não era ela, mesmo.
- Obrigado, eu já tenho cartão de crédito. - desliguei antes da moça falar qualquer outra coisa.
Fui embora.
Cheguei em casa e abri um sorriso de orelha a orelha. Sentia o abraço do vento.
Tudo estava bem. Muito bem. Tudo estava ótimo!
Meu celular tocou.
- Alô.
A voz do outro despencou a dizer coisas e coisas e coisas, até que parou esperando a minha resposta. Eu demorei alguns segundos pensado na melhor forma de dizer aquilo, apesar de sabia que todos os jeitos seriam bons. Escolhi, respirei, falei.
- É, eu também te amo, Carolina.
Tem quem pense: "Estava no EUA e está reclamando! Ê vida boa!". É de direito humano pensar, mas devo informar-lhe e espero que acredite em mim: muito melhor teria sido ficar por aqui mesmo do que ir escutar bronca internacional. Pensando bem, talvez essa seja a grande razão do meu mal-humor dos ultimos dias: ordens. Sabe, nunca gostei muito de ter um chefe (espero que ele não leia isso), mas se tratando de um jornalista, o qual sou, é muito difícil não ser subordinado a alguém - seja editor, editor-chefe, dono do jornal e afins.
Num dia nublado do meu tempo de menino, sonhei em abrir meu próprio jornal. Não, era uma revista, a qual iria se chamar "Entre[linhas]". Passava horas criando as matérias, as crônicas, buscando fatos nas folhas imensamente cinzas dos jornais, porém o tempo - destruidor de sonhos - chegou imperceptívelmente e me fez esquecer todo o meu plano.
Não morri de tristeza, antes o tivesse feito, já que agora definho aos pouco pela vontade de abrir minha própria redação. Quero, mas falta dinheiro e coragem - criatividade e boa-vontade tenho de sobra, pode apostar.
Droga, mal-humor.
Droga.
Droga.
Fica aqui um pouco da outra história sobre Carolina&Stefano, pois ela deve ser bem mais legal que os desabafos de um jornalista de saco-cheio de tudo isso:
- Amor, boa noite.
- Boa noite.
E veio o beijo nem tão longo quanto desejado, nem tão curto que não possa ter sido sentido. Queria mais, queria muito pela vida inteira e, como eu era tolo, imaginei que teria.
Para quem não entendeu, vamos as devidas explicações: faziam seis meses que eu estava namorando Carolina e, tudo isso, se deu após um ano de amizade. Ela me amava, assim como eu - talvez mais, bem mais. Eu amava é claro.
No começo, sejamos justos, gostava.
Mas depois, aos poucos, com os meses, a saudade e um pouco de todo resto, acabei de apaixonando perdidamente, mas, exatos trinta e quatro dias depois, ela foi embora. Ainda escuto a porta batendo, o cachorro latindo, o portão fechando, o táxi partindo e o som do meu coração ecoando na casa silenciosa.
Pra quem quiser saber, nosso primeiro beijo não foi romântico o suficiente para passar na grande tela do cinema. Estava indo almoçar e sabia que ela estava me esperando, assim como todas as outras terça-feiras e quinta-feiras. Chegando no restaurante, para minha surpresa, ela não estava. Esperei. Esperei. Esperei e nada. Nada. Não quis comer naquela tarde, eu não tinha motivos para ficar tão frustrado, mas era amor (apesar de eu não saber isso na época).
Não trabalhei bem, meu texto não saiu muito inspirado, meu computador parecia mais lerdo, o tempo passava minuto a minuto como uma eternidade.
O meu relógio de pulso apitou seis horas: precisava ir embora. Ajuntei minhas coisas para dentro da mochila e, antes que pudesse dar qualquer passo, meu celular tocou. Tive medo que fosse ela e eu não tivesse coragem de não atender, por isso aceitei a ligação sem ver quem era.
Não era ela, mesmo.
- Obrigado, eu já tenho cartão de crédito. - desliguei antes da moça falar qualquer outra coisa.
Fui embora.
Cheguei em casa e abri um sorriso de orelha a orelha. Sentia o abraço do vento.
Tudo estava bem. Muito bem. Tudo estava ótimo!
Meu celular tocou.
- Alô.
A voz do outro despencou a dizer coisas e coisas e coisas, até que parou esperando a minha resposta. Eu demorei alguns segundos pensado na melhor forma de dizer aquilo, apesar de sabia que todos os jeitos seriam bons. Escolhi, respirei, falei.
- É, eu também te amo, Carolina.
terça-feira, 13 de maio de 2008
E Paris está sem brilho...
Hoje eu estou de folga, do meu apartamento consigo ver turistas, felizes em conhecer essa enorme Paris e toda a sua magia....
Essa magia que só Paris pode ter quando se está apaixonado, o chá é mais saboroso e o pão francês também, tudo parece mais agradavel!
Sábado que fui em uma festa junto com o Pierre, foi muito boa apesar de eu não me lembrar de muitas coisas.- vinho, vinho.
Engraçado como eu e Pierre formamos o tipico casal representado na revista da Modart de julho do mês passado, um casal que já deveria ser extinto a tempos. Eu o conheci no aeroporto, no inicio eu tinha uma visão muito critica a respeito dele, afinal...aquele cxara digitava furiosamente em seu Blackberry (eu ainda não consigo digitar assim, tão rapido), então como ele estava sentado ao meu lado no avião, eu precisava muito ir ao banheiro (tenho medo de avião e sempre passo mal e acabo levando milhões de garrafihas de água, não que no avião não tenha..mas...)
Pedi para ele olhar minhas coisas e ele foi MUITO sem educação comigo.
- Duvido muito que alguém vá querer roubar a sua água, moça.
AAAAH, aquele bitolado ¬¬
O probelma é que, como alguém tão bitolado consegue ser tão bonito de calça jeans? Nossa, não acredito que pensei isso!
Como eu e ele estávamos disputando o descanso de braço, pude observar que ele mandava um e-mail para um amigo no blackberry (o Mark):
" tem uma mulher completamente louca neste vôo. Parece que ela acha que o avião pode cair bem no meio do deserto do Saara."
e sou eu a louca do Saara.
Vou passear no parque,beijos
Essa magia que só Paris pode ter quando se está apaixonado, o chá é mais saboroso e o pão francês também, tudo parece mais agradavel!
Sábado que fui em uma festa junto com o Pierre, foi muito boa apesar de eu não me lembrar de muitas coisas.- vinho, vinho.
Engraçado como eu e Pierre formamos o tipico casal representado na revista da Modart de julho do mês passado, um casal que já deveria ser extinto a tempos. Eu o conheci no aeroporto, no inicio eu tinha uma visão muito critica a respeito dele, afinal...aquele cxara digitava furiosamente em seu Blackberry (eu ainda não consigo digitar assim, tão rapido), então como ele estava sentado ao meu lado no avião, eu precisava muito ir ao banheiro (tenho medo de avião e sempre passo mal e acabo levando milhões de garrafihas de água, não que no avião não tenha..mas...)
Pedi para ele olhar minhas coisas e ele foi MUITO sem educação comigo.
- Duvido muito que alguém vá querer roubar a sua água, moça.
AAAAH, aquele bitolado ¬¬
O probelma é que, como alguém tão bitolado consegue ser tão bonito de calça jeans? Nossa, não acredito que pensei isso!
Como eu e ele estávamos disputando o descanso de braço, pude observar que ele mandava um e-mail para um amigo no blackberry (o Mark):
" tem uma mulher completamente louca neste vôo. Parece que ela acha que o avião pode cair bem no meio do deserto do Saara."
e sou eu a louca do Saara.
Vou passear no parque,beijos
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Stefano - outro dia, mesmo lugar.
- Stefano, o Dennis está pedindo sua crônica, você ainda mandou para ele.
Despenquei do mundo dos sonhos direto para a tela do computador: eu ainda não havia escrito nada (nenhuma linha se quer).
- Diga que eu já vou mandar, falta uns ajustes. E peça desculpa.
Eu tinha quinze minutos para escrever sobre política, cotidiano, história, geografia, esportes, sociedade, ou o que quer que fosse! Como se uma daquelas lâmpadas de desenho-animado se acendesse na minha cabeça, os meus dedos correm ligeiros pelo teclado e, aos montes, as letras jorraram no Word. Faltando pouco mais de dois minutos para acabar o prazo, meu texto chegou no e-mail do editor-chefe.
Claro, como vocês devem estar pensando, eu só pude escrever sobre um tema, esse que não sai da minha cabeça, que está impregnado na minha roupa, no meu perfume e no meu shampoo, que não me deixa dormir e pensar direito, que me pega de surpresa quando o que eu mais quero é fugir dele: o amor. Droga, foi naquela tarde que eu percebi quão imprevisível essa tal de paixão é.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Stefano - o começo.
Estou sem idéias. Tentei romantizar o meu primeiro encontro com a Carolina, mas não consegui - esse assunto bloqueia toda a minha criatividade. Façamos assim então, contarei como aconteceu, sem rodeios, floreios e poetismo, pois foi exatamente assim que tudo aconteceu: sem-graça.
Naquela quinta-feira eu havia decidido não ir almoçar - mais por excesso de trabalho do que por falta de fome. Aos poucos, a redação foi se esvaziando e sobramos nós dois: eu, Dennis (editor-chefe) e Sueli (secretária do Dennis). Ela abriu um sanduíche natural e pois-se a comer vagarosamente enquanto saboreava um delicioso livro de Fernando Sabino. Ao vê-la nessa cena saborosamente poética, senti minha barrica roncar como um monstro que acabara de dormir.
- Não está com fome, Stefano?
Eu estava tão entretido vendo-a que não percebi que o Dennis estava de pé ao meu lado.
- Eu? Não. Tenho muita coisa pra fazer.
- Deixa disso! É melhor pensar de barriga cheia, vamos comer.
- Não, mas...
- Eu insisto.
Percebi que não havia argumentos suficientes ao meu favor que fizessem o convite parecer ruim. Aceitei por fim e fui almoçar com ele.
Conversamos sobre o trabalho o caminho todo e assim continuaríamos se, ao chegar no restaurante, ele não encontrasse uma velha amiga, editora da Modart: Carolina. Confesso que há princípio a achei bonita demais para ocupar um cargo tão elevado. Não intenda essa frase como preconceituosa (óbviamente mulheres bonitas podem ser inteligentes também), mas é que, geralmente, criamos uma imagem maléfica dos editores-chefes e Carolina fugia totalmente a esse padrão.
Sentamos nós quatro (eu, Dennis, Carolina e sua secretária) numa mesma mesa e não falamos em trabalho nenhuma vez. Quer dizer, eu pelo menos não escutei se falaram. Na verdade, eu não escutei nada - estava totalmente submerso nos olhos dela que apesar de serem azuis, lembravam os de Capitu.
Acabamos de comer, nos despedimos e cada um voltou para sua redação.
Naquela quinta-feira eu havia decidido não ir almoçar - mais por excesso de trabalho do que por falta de fome. Aos poucos, a redação foi se esvaziando e sobramos nós dois: eu, Dennis (editor-chefe) e Sueli (secretária do Dennis). Ela abriu um sanduíche natural e pois-se a comer vagarosamente enquanto saboreava um delicioso livro de Fernando Sabino. Ao vê-la nessa cena saborosamente poética, senti minha barrica roncar como um monstro que acabara de dormir.
- Não está com fome, Stefano?
Eu estava tão entretido vendo-a que não percebi que o Dennis estava de pé ao meu lado.
- Eu? Não. Tenho muita coisa pra fazer.
- Deixa disso! É melhor pensar de barriga cheia, vamos comer.
- Não, mas...
- Eu insisto.
Percebi que não havia argumentos suficientes ao meu favor que fizessem o convite parecer ruim. Aceitei por fim e fui almoçar com ele.
Conversamos sobre o trabalho o caminho todo e assim continuaríamos se, ao chegar no restaurante, ele não encontrasse uma velha amiga, editora da Modart: Carolina. Confesso que há princípio a achei bonita demais para ocupar um cargo tão elevado. Não intenda essa frase como preconceituosa (óbviamente mulheres bonitas podem ser inteligentes também), mas é que, geralmente, criamos uma imagem maléfica dos editores-chefes e Carolina fugia totalmente a esse padrão.
Sentamos nós quatro (eu, Dennis, Carolina e sua secretária) numa mesma mesa e não falamos em trabalho nenhuma vez. Quer dizer, eu pelo menos não escutei se falaram. Na verdade, eu não escutei nada - estava totalmente submerso nos olhos dela que apesar de serem azuis, lembravam os de Capitu.
Acabamos de comer, nos despedimos e cada um voltou para sua redação.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
carolina diz:
Olá!
Eu resolvi voltar a escrever aqui pois, senti saudades; Não só desse blog, ams também do meu apartamento, do Brasil e do que deixei para trás! Claro, que a vida aqui tá... normal, mas acho que ninguém deve sentir isso em relação a vida e não ficar preocupado,afinal... Creio que todas as pessoas mereçam sentir mais do que o normal, ir fundo nas sensações, ter o direito de ir ao fundo do poço nos dias ruins e nos bons, poder sair distribuindo sorrisos pra qualquer um ao virar da esquina. A questão é que aqui tá normal, não tenho do que reclamar, mas falta uma coisa.
Talvez eu esteja assim porque a forma como eu margueia minha vida paar começar outra foi ruim,quer dizer, eu larguei um amor para seguir uma carreira que pra começar eu não amo...E tá, nunca disse isso pra ninguém,que odeio meu trabalho mas já dizendo: EU ODEIO MEU TRABALHO! - sim,ninguém gosta do próprio emprego- I guess!
Vou parar de reclamar, o Pierre chegou com o vinho, vamos comemorar algo que nem eu sei.
Um brinde a vida normal!
beijos.
Eu resolvi voltar a escrever aqui pois, senti saudades; Não só desse blog, ams também do meu apartamento, do Brasil e do que deixei para trás! Claro, que a vida aqui tá... normal, mas acho que ninguém deve sentir isso em relação a vida e não ficar preocupado,afinal... Creio que todas as pessoas mereçam sentir mais do que o normal, ir fundo nas sensações, ter o direito de ir ao fundo do poço nos dias ruins e nos bons, poder sair distribuindo sorrisos pra qualquer um ao virar da esquina. A questão é que aqui tá normal, não tenho do que reclamar, mas falta uma coisa.
Talvez eu esteja assim porque a forma como eu margueia minha vida paar começar outra foi ruim,quer dizer, eu larguei um amor para seguir uma carreira que pra começar eu não amo...E tá, nunca disse isso pra ninguém,que odeio meu trabalho mas já dizendo: EU ODEIO MEU TRABALHO! - sim,ninguém gosta do próprio emprego- I guess!
Vou parar de reclamar, o Pierre chegou com o vinho, vamos comemorar algo que nem eu sei.
Um brinde a vida normal!
beijos.
domingo, 20 de abril de 2008
Stefano - Tempo.
Faz meses que eu não posto, mas dias nublados me enxem de palavras - chove lá fora e aqui dentro também. Não entenda essa metáfora pelas gotas d'água, eu não estou chorando, triste e com sentimentos ruins a flor da pele. Entenda que assim como a chuva molha e lava as estátuas de mármore da praça, estou aqui tentando me livrar dessa cápsula de passado que me envolve. Passado aqui não significa erros sem perdão e imutáveis, mas sim trama de destinos e histórias cruzadas que me consomem.
Mas, apesar de tudo, estou bem - o trabalho continua me sustentando, minha cadela não morreu ainda, meus pais se mudaram pra um apartamento e meu irmão comprou um triciclo. Se não contei, está na hora certa: minha cunhada está grávida de seis meses (logo o triciclo é para o filhão que vai nascer). Só uma constante me incomoda: estou solteiro.
- Você não vai casar, Stefano? Seu irmão já vai ter um filho, só falta você! - é o comentário dos almoços de domingo.
Os destinos embaralhados aos quais me referi anteriormente nesse mesmo texto, se limitam ao meu e ao dela - Carolina. Namoramos dois meses antes que fosse mandada para a Europa. Ainda a amo, mas ela se envolveu com um francês. Depois, aos poucos, com os dias, contarei para vocês o nosso caso amoroso. Agora basta saber que acabou meu horário de almoço e eu não comi nem um sanduíche imaginário.
Viva a França e seus ladrões de amores adormecidos!
Bom resto de dia,
Stefano.
Mas, apesar de tudo, estou bem - o trabalho continua me sustentando, minha cadela não morreu ainda, meus pais se mudaram pra um apartamento e meu irmão comprou um triciclo. Se não contei, está na hora certa: minha cunhada está grávida de seis meses (logo o triciclo é para o filhão que vai nascer). Só uma constante me incomoda: estou solteiro.
- Você não vai casar, Stefano? Seu irmão já vai ter um filho, só falta você! - é o comentário dos almoços de domingo.
Os destinos embaralhados aos quais me referi anteriormente nesse mesmo texto, se limitam ao meu e ao dela - Carolina. Namoramos dois meses antes que fosse mandada para a Europa. Ainda a amo, mas ela se envolveu com um francês. Depois, aos poucos, com os dias, contarei para vocês o nosso caso amoroso. Agora basta saber que acabou meu horário de almoço e eu não comi nem um sanduíche imaginário.
Viva a França e seus ladrões de amores adormecidos!
Bom resto de dia,
Stefano.
Assinar:
Postagens (Atom)