Faz meses que eu não posto, mas dias nublados me enxem de palavras - chove lá fora e aqui dentro também. Não entenda essa metáfora pelas gotas d'água, eu não estou chorando, triste e com sentimentos ruins a flor da pele. Entenda que assim como a chuva molha e lava as estátuas de mármore da praça, estou aqui tentando me livrar dessa cápsula de passado que me envolve. Passado aqui não significa erros sem perdão e imutáveis, mas sim trama de destinos e histórias cruzadas que me consomem.
Mas, apesar de tudo, estou bem - o trabalho continua me sustentando, minha cadela não morreu ainda, meus pais se mudaram pra um apartamento e meu irmão comprou um triciclo. Se não contei, está na hora certa: minha cunhada está grávida de seis meses (logo o triciclo é para o filhão que vai nascer). Só uma constante me incomoda: estou solteiro.
- Você não vai casar, Stefano? Seu irmão já vai ter um filho, só falta você! - é o comentário dos almoços de domingo.
Os destinos embaralhados aos quais me referi anteriormente nesse mesmo texto, se limitam ao meu e ao dela - Carolina. Namoramos dois meses antes que fosse mandada para a Europa. Ainda a amo, mas ela se envolveu com um francês. Depois, aos poucos, com os dias, contarei para vocês o nosso caso amoroso. Agora basta saber que acabou meu horário de almoço e eu não comi nem um sanduíche imaginário.
Viva a França e seus ladrões de amores adormecidos!
Bom resto de dia,
Stefano.
domingo, 20 de abril de 2008
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